segunda-feira, 9 de maio de 2011

Missal Romano

CAPÍTULO IV

AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA


 

112. Na Igreja local deve-se dar o primeiro lugar, por causa de sua significação, à Missa presidida pelo Bispo, cercado de seu presbitério, diáconos e ministros leigos, e na qual o povo santo de Deus participa plena e ativamente, visto que aí se dá a principal manifestação da Igreja.

Na Missa celebrada pelo Bispo, ou à qual ele se faz presente sem que celebre a Eucaristia, observem-se as normas que se encontram no Cerimonial dos Bispos.

113. Dê-se igualmente grande valor à Missa celebrada com uma comunidade, sobretudo a paroquial, uma vez que esta representa a Igreja universal, em determinado tempo e lugar, principalmente quando se trata da celebração comunitária do dia do Senhor.

114. Entre as Missas celebradas em certas comunidades, possui dignidade particular a Missa conventual, que faz parte do Ofício cotidiano, ou a Missa chamada "da comunidade". Embora estas Missas nada tenham de especial em sua celebração, é de suma conveniência que sejam celebradas com canto, e sobretudo com a plena participação de todos os membros da comunidade, religiosos ou cônegos. Nessas Missas, cada um exerça a sua função segundo a Ordem ou o ministério que recebeu. Convém ainda que todos os sacerdotes, não obrigados a celebrar individualmente por motivo pastoral, concelebrem na medida do possível. Além disso, todos os membros da comunidade, isto é, os sacerdotes obrigados a celebrar individualmente para o bem pastoral dos fiéis, podem também concelebrar a Missa conventual ou "da comunidade" no mesmo dia. Convém que os presbíteros que participam da celebração eucarística, a não ser que estejam escusados por justa causa, exerçam normalmente a função da própria Ordem, participando de preferência como concelebrantes, revestidos das vestes sagradas. Caso contrário, portam a veste coral própria ou sobrepeliz sobre a veste talar.

I. A MISSA COM POVO

115. Entende-se por Missa com povo a que é celebrada com participação de fiéis. Convém, na medida do possível, que a celebração, sobretudo nos domingos e festas de preceito, se realize com canto e conveniente número de ministros, pode, porém, ser realizada sem canto e com um ministro apenas.

116. Na celebração de qualquer Missa em que esteja presente o diácono, este exerça a sua função. Convém, entretanto, que o sacerdote celebrante seja assistido normalmente por um acólito, um leitor e um cantor. O rito descrito em seguida prevê, porém, a possibilidade de maior número de ministros.

O que é necessário preparar

117. O altar seja coberto ao menos com uma toalha de cor branca. Sobre ele ou ao seu redor, coloquem-se, em qualquer celebração, ao menos dois castiçais com velas acesas, ou então quatro ou seis, sobretudo quando se trata de Missa dominical ou festiva de preceito, ou quando celebrar o Bispo diocesano, colocam-se sete. Haja também sobre o altar ou em torno dele, uma cruz com a imagem do Cristo crucificado. Os castiçais e a cruz, ornada com a imagem do Cristo crucificado, podem ser trazidos na procissão de entrada. Pode-se também colocar sobre o altar o Evangeliário, distinto do livro das outras leituras.

118. Preparem-se também:

a) junto à cadeira do sacerdote: o missal e, se for oportuno, um livro de cantos;
b) no ambão: o Lecionário;
c) na credência: cálice, corporal, purificatório e, se for oportuno, pala; patena e, se necessário, cibórios; pão para a Comunhão do sacerdote que preside, do diácono, dos ministros e do povo; galhetas com vinho e água, a não ser que todas estas coisas sejam apresentadas pelos fiéis na procissão das oferendas; recipiente com água a ser abençoada se houver aspersão; patena para a Comunhão dos fiéis; e o que for necessário para lavar as mãos.

O cálice, como convém, seja coberto com um véu, que pode ser da cor do dia ou de cor branca.

119. Na sacristia, conforme as diversas formas de celebração, preparem-se as vestes sagradas (cf. n. 337-341) do sacerdote, do diácono e dos demais ministros:

a) para o sacerdote: alva, estola e casula ou planeta;
b) para o diácono: alva, estola e dalmática, que pode ser dispensada em sua falta, como também em celebrações menos solenes;
c) para os demais ministros: alva ou outras vestes legitimamente aprovadas.

Quando se realiza a procissão da entrada preparem-se também o Evangeliário; nos domingos e dias festivos, o turíbulo e a naveta com incenso, quando se usa incenso; cruz a ser levada na procissão e castiçais com velas acesas.

A) MISSA SEM DIÁCONO

Ritos iniciais

120. Reunido o povo, o sacerdote e os ministros, revestidos das vestes sagradas, dirigem ao altar na seguinte ordem:

a) o turiferário com o turíbulo aceso, quando se usa incenso;
b) os ministros que portam as velas acesas e, entre eles, o acólito ou outro ministro com a cruz;
c) os acólitos e os outros ministros;
d) o leitor, que pode conduzir um pouco elevado o Evangeliário, não, porém, o lecionário;
e) o sacerdote que vai celebrar a Missa.

Quando se usa incenso, antes de iniciar a procissão, o sacerdote põe incenso no turíbulo, abençoando-o com o sinal da cruz, sem nada dizer.

121. Enquanto se faz a procissão para o altar, canta-se o canto da entrada (cf. n. 47-48).

122. Chegando ao altar, o sacerdote e os ministros fazem inclinação profunda.

A cruz, ornada com a imagem do Cristo crucificado trazida eventualmente na procissão, pode ser colocada junto ao altar, de modo que se torna a cruz do altar, que deve ser uma só; caso contrário, ela será guardada em lugar adequado; os castiçais são colocados sobre o altar ou junto dele; o Evangeliário seja colocado sobre o altar.

123. O sacerdote sobe ao altar e beija-o em sinal de veneração. Em seguida, se for oportuno, incensa a cruz e o altar, contornando-o.

124. Em seguida, o sacerdote dirige-se à cadeira. Terminado o canto da entrada, e estando todos de pé, o sacerdote e os fiéis fazem o sinal da cruz. O sacerdote diz: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. O povo responde: Amém.

Voltado para o povo e abrindo os braços, o sacerdote saúda-o com uma das fórmulas propostas. Ele mesmo ou outro ministro, pode, com brevíssimas palavras, introduzir os fieis na Missa do dia.

125. Segue-se o ato penitencial. Em seguida, é cantado ou recitado o Senhor, tende piedade, conforme as rubricas (cf. n. 52).

126. Nas celebrações previstas, canta-se ou se recita o Glória (cf. n. 53).

127. Em seguida, o sacerdote convida o povo a rezar, dizendo, de mãos unidas: Oremos. E todos, juntamente com ele, oram um momento em silêncio. Então o sacerdote, abrindo os braços, diz a oração do dia. Ao terminar, o povo aclama: Amém.

Liturgia da Palavra

128. Concluída a oração do dia, todos se assentam. O sacerdote pode, com brevíssimas palavras, introduzir os fiéis na liturgia da Palavra. O leitor, por sua vez, dirige-se ao ambão, e do Lecionário já aí colocado antes da Missa, proclama a primeira leitura, que todos escutam. No fim, o leitor profere a aclamação Palavra do Senhor, respondendo todos Graças a Deus.

Se for oportuno, pode-se, então, observar um breve espaço de silêncio, para que todos meditem o que ouviram.

129. Em seguida, o salmista ou o próprio leitor, profere os versículos do salmo ao que o povo normalmente responde com o refrão.

130. Se houver uma segunda leitura antes do Evangelho, o leitor a proclama do ambão, enquanto todos escutam, respondendo, no fim, com a aclamação, como se disse acima (n. 128). Em seguida, se for oportuno, pode-se observar um breve espaço de silêncio.

131. Depois, todos se põem de pé e canta-se o Aleluia ou outro canto, conforme as exigências do tempo litúrgico (cf. n. 62-64).

132. Enquanto se canta o Aleluia ou outro canto, o sacerdote, se usar incenso, coloca-o no turíbulo e o abençoa. A seguir, com as mãos unidas, e profundamente inclinado diante do altar, diz em silêncio: Ó Deus todo-poderoso, purificai-me.

133. Toma, então, o Evangeliário, se estiver no altar e, precedido dos ministros leigos, que podem levar o turíbulo e os castiçais, dirige-se para o ambão, conduzindo o Evangeliário um pouco elevado. Os presentes voltam-se para o ambão, manifestando uma especial reverência ao Evangelho de Cristo.

134. No ambão, o sacerdote abre o livro e, de mãos unidas, diz: O Senhor esteja convosco, respondendo o povo: Ele está no meio de nós e, a seguir, Proclamação do Evangelho, fazendo com o polegar o sinal da cruz sobre o livro e sobre si mesmo, na fronte, na boca e no peito, acompanhado nisso por todos. O povo aclama, dizendo: Glória a vós, Senhor. O sacerdote incensa o livro, se usar incenso (cf. n. 276-277). A seguir, proclama o Evangelho e, ao terminar, profere a aclamação: Palavra da Salvação, respondendo todos: Glória a vós, Senhor. O sacerdote beija o livro, dizendo em silêncio: Pelas palavras do Santo Evangelho.

135. Se não houver leitor, o próprio sacerdote, de pé ao ambão, diz todas as leituras bem como o salmo. Também aí, se usar incenso, ele o coloca e abençoa e, profundamente inclinado, diz: Ó Deus todo-poderoso, purificai-me.

136. O sacerdote, de pé junto à cadeira ou no próprio ambão, ou ainda, se for oportuno, em outro lugar adequado, profere a homilia; ao terminar, pode-se observar um tempo de silêncio.

137. O símbolo é cantado ou recitado pelo sacerdote com o povo (cf. n. 68), estando todos de pé. Às palavras E se encarnou pelo Espírito Santo, todos se inclinam profundamente, mas nas solenidades da Anunciação do Senhor e do Natal do Senhor todos se ajoelham.

138. Terminado o símbolo, o sacerdote, de pé junto à cadeira e de mãos unidas, com breve exortação convida os fiéis à oração universal. A seguir, o cantor, o leitor ou outra pessoa, do ambão ou de outro lugar apropriado e voltado para o povo propõe as intenções, às quais o povo, por sua vez, responde suplicante. Por fim, o sacerdote, de mãos estendidas, conclui a prece por uma oração.

Liturgia eucarística

139. Terminada a oração universal, todos se assentam e tem início o canto do ofertório (cf. n. 74).

O acólito ou outro ministro leigo coloca sobre o altar o corporal, o purificatório, o cálice, a pala e o missal.

140. Convém que a participação dos fiéis se manifeste através da oferta do pão e vinho para a celebração da Eucaristia, ou de outras dádivas para prover às necessidades da igreja e dos pobres.

As oblações dos fiéis são recebidas pelo sacerdote, ajudado pelo acólito ou outro ministro. O pão e o vinho para a Eucaristia são levados para o celebrante, que as depõe sobre o altar, enquanto as outras dádivas são colocadas em outro lugar adequado (cf. n. 73).

141. Ao altar, o sacerdote recebe a patena com pão, e a mantém levemente elevada sobre o altar com ambas as mãos, dizendo em silêncio: Bendito sejais, Senhor. E depõe a patena com o pão sobre o corporal.

142 Em seguida, de pé, no lado do altar, derrama vinho e um pouco d'água no cálice, dizendo em silêncio: Por esta água, enquanto o ministro lhe apresenta as galhetas. Retornando ao centro do altar, com ambas as mãos mantém um pouco elevado o cálice preparado, dizendo em silêncio: Bendito sejais, Senhor; e depõe o cálice sobre o corporal, cobrindo-o com a pala, se julgar oportuno.

Contudo, se não houver canto de preparação das oferendas ou não houver música de fundo do órgão, na apresentação do pão e do vinho, o sacerdote pode proferir em voz alta as fórmulas de bendição, respondendo o povo: Bendito seja Deus para sempre.

143. Depois de colocado o cálice sobre o altar, o sacerdote, profundamente inclinado, diz em silêncio: De coração contrito.

144. A seguir, se usar incenso, o sacerdote o coloca no turíbulo, abençoa-o sem nada dizer e incensa as oferendas, a cruz e o altar. O ministro, de pé, ao lado do altar, incensa o sacerdote e, sem seguida, o povo.

145. Após a oração De coração contrito, ou depois da incensação, o sacerdote, de pé ao lado do altar, lava as mãos, dizendo em silêncio: Lavai-me, Senhor, enquanto o ministro derrama a água.

146. Outra vez no centro do altar, o sacerdote, de pé e voltado para o povo, estendendo e unindo as mãos, convida o povo a rezar, dizendo: Orai, irmãos e irmãs etc. O povo põe-se de pé e responde, dizendo: Receba o Senhor. Em seguida, o sacerdote, de mãos estendidas, diz a Oração sobre as oferendas. No fim o povo aclama: Amém.

147. O sacerdote inicia a Oração eucarística. Conforme as rubricas (cf. n. 365) ele escolhe uma das Orações eucarísticas do Missal Romano, ou aprovadas pela Sé Apostólica. A Oração eucarística, por sua natureza, exige que somente o sacerdote, em virtude de sua ordenação, a profira. O povo, por sua vez, se associe ao sacerdote na fé e em silêncio e por intervenções previstas no decurso da Oração eucarística, que são as respostas no diálogo do Prefácio, o Santo, a aclamação após a consagração, e a aclamação Amém, após a doxologia final, bem como outras aclamações aprovadas pela Conferência dos Bispos e reconhecidas pela Santa Sé.

É muito conveniente que o sacerdote cante as partes da Oração eucarística, enriquecidas pela música.

148. Iniciando a Oração eucarística, o sacerdote, estendendo as mãos, canta ou diz: O Senhor esteja convosco, e o povo responde: Ele está no meio de nós. Enquanto prossegue: Corações ao alto, eleva as mãos. O povo responde: O nosso coração está em Deus. O sacerdote, de mãos estendidas, acrescenta: Demos graças ao Senhor, nosso Deus, e o povo responde: É nosso dever e nossa salvação. Em seguida, o sacerdote, de mãos estendidas, continua o Prefácio; terminado este, une as mãos e com todos os presentes, canta ou diz em voz alta: Santo (cf. n. 79,b).

149. O sacerdote continua a Oração eucarística conforme as rubricas, que se encontram em cada uma dessas Orações.

Se o celebrante é Bispo, nas Preces, após as palavras: pelo vosso servo o Papa N., acrescenta: e por mim, vosso indigno servo. Quando o Bispo celebra fora de sua diocese, após as palavras: pelo vosso servo o Papa N., acrescenta: por mim, vosso indigno servo e por meu irmão N., Bispo desta Igreja N., ou após as palavras: de nosso Papa N., acrescenta: de mim, vosso indigno servo e de meu irmão N., Bispo desta Igreja N.

O Bispo diocesano, ou quem for de direito equiparado a ele, deve ser nomeado com esta fórmula: com o Papa N., com o nosso Bispo (ou: Vigário, Prelado, Prefeito, Abade) N.

O Bispo Coadjutor e os Auxiliares, não, porém, outros bispos, eventualmente, presentes, podem ser nomeados na Oração eucarística. Quando vários devem ser nomeados, pode-se fazê-lo em forma geral: e o nosso Bispo N. e seus Bispos auxiliares.

Em cada Oração eucarística, estas fórmulas se usam conforme exigirem as normas gramaticais.

150. Um pouco antes da consagração, o ministro, se for oportuno, adverte os fiéis com um sinal da campainha. Faz o mesmo em cada elevação, conforme o costume da região.

Se for usado incenso, ao serem mostrados ao povo a hóstia e o cálice após a consagração, o ministro os incensa.

151. Após a consagração, tendo o sacerdote dito: Eis o mistério da fé, o povo profere a aclamação, usando uma das fórmulas prescritas.

No fim da Oração eucarística, o sacerdote, tomando a patena com a hóstia e o cálice ou elevando ambos juntos profere sozinho a doxologia: Por Cristo. Ao término, o povo aclama: Amém. Em seguida, o sacerdote depõe a patena e o cálice sobre o corporal.

152. Concluída a Oração eucarística, o sacerdote, de mãos unidas, diz a exortação que precede a Oração do Senhor e, a seguir, de mãos estendidas, proclama-a juntamente com o povo.

153. Terminada a Oração do Senhor, o sacerdote, de mãos estendidas, diz sozinho, o embolismo: Livrai-nos de todos os males, no fim do qual o povo aclama: Vosso é o reino.

154. Em seguida, o sacerdote, de mãos estendidas, diz em voz alta a oração Senhor Jesus Cristo, dissestes; terminada esta, estendendo e unindo as mãos, voltado para o povo, anuncia a paz, dizendo: A paz do Senhor esteja sempre convosco. O povo responde: O amor de Cristo nos uniu. Depois, conforme o caso, o sacerdote acrescenta: Meus irmãos e minhas irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus.

O sacerdote pode dar a paz aos ministros, mas sempre permanecendo no âmbito do presbitério, para que não se perturbe a celebração. Faça o mesmo se por motivo razoável quiser dar a paz para alguns poucos fiéis. Todos, porém, conforme as normas estabelecidas pela Conferência dos Bispos, expressam mutuamente a paz, a comunhão e a caridade. Enquanto se dá a paz, pode-se dizer: A paz do Senhor esteja sempre contigo, sendo a resposta: Amém.

155. A seguir, o sacerdote toma a hóstia, parte-a sobre a patena e deixa cair uma partícula no cálice, dizendo em silêncio: Esta união. Enquanto isso, o coral e o povo cantam ou dizem o Cordeiro de Deus (cf. n. 83).

156. Em seguida, o sacerdote, em silêncio, e com as mãos juntas, diz a oração da Comunhão: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, ou Senhor Jesus Cristo, o vosso Corpo.

157. Terminada a oração, o sacerdote faz genuflexão, toma a hóstia consagrada na mesma missa e segurando-a um pouco elevada sobre a patena ou sobre o cálice, diz voltado para o povo: Felizes os convidados etc, e, juntamente com o povo, acrescenta uma só vez: Senhor, eu não sou digno.

158. De pé e voltado para o altar, o sacerdote diz em silêncio: O Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna, e comunga com reverência o Corpo de Cristo. A seguir, segura o cálice e diz em silêncio: Que o Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna, e com reverência bebe o Sangue de Cristo.

159. Enquanto o sacerdote comunga o Sacramento, entoa-se o canto da Comunhão (cf. n. 86).

160. O sacerdote toma, então, a patena ou o cibório e se aproxima dos que vão comungar e que normalmente se aproximam em procissão.

Não é permitido aos fiéis receber por si mesmos o pão consagrado nem o cálice consagrado e muito menos passar de mão em mão entre si. Os fiéis comungam ajoelhados ou de pé, conforme for estabelecido pela Conferência dos Bispos. Se, no entanto, comungarem de pé, recomenda-se que, antes de receberem o Sacramento, façam devida reverência, a ser estabelecida pelas mesmas normas.

161. Se a Comunhão é dada sob a espécie do pão somente, o sacerdote mostra a cada um a hóstia um pouco elevada, dizendo: O Corpo de Cristo. Quem vai comungar responde: Amém, recebe o Sacramento, na boca ou, onde for concedido, na mão, à sua livre escolha. O comungante, assim que recebe a santa hóstia, consome-a inteiramente.

Quando a Comunhão se fizer sob as duas espécies, observe-se o rito descrito no lugar próprio (cf. n. 284-287).

162. Outros presbíteros eventualmente presentes podem ajudar o sacerdote na distribuição da Comunhão. Se não houver e se o número dos comungantes for muito grande, o sacerdote pode chamar ministros extraordinários para ajudá-lo, ou seja, o acólito instituído bem como outros fiéis, que para isso foram legitimamente delegados. Em caso de necessidade, o sacerdote pode delegar fiéis idôneos para o caso particular.

Estes ministros não se aproximem do altar antes que o sacerdote tenha tomado a Comunhão, recebendo sempre o vaso que contém as espécies da Santíssima Eucaristia a serem distribuídas aos fiéis, da mão do sacerdote celebrante.

163. Terminada a distribuição da Comunhão, o próprio sacerdote, no altar, consome imediatamente todo o vinho consagrado que tenha sobrado; as hóstias que sobram, ele as consome ao altar ou as leva ao lugar destinado à conservação da Eucaristia.

Tendo voltado para o altar, o sacerdote recolhe os fragmentos, se os houver; a seguir, de pé ao altar, ou junto da credência, purifica a patena ou o cibório sobre o cálice; depois, purifica o cálice dizendo em silêncio: Fazei, Senhor, e enxuga-o com o sanguinho. Se os vasos foram purificados sobre o altar, o ministro leva-os para a credência. Pode-se também deixar, devidamente cobertos no altar ou na credência, sobre o corporal, os vasos a purificar, sobretudo quando são muitos, e purificá-los imediatamente após a Missa, depois da despedida do povo.

164. Em seguida, o sacerdote pode voltar à cadeira. Pode-se guardar durante algum tempo um sagrado silêncio, ou entoar um salmo ou outro canto ou hino de louvor (cf. n. 88).

165. A seguir, de pé, junto à cadeira ou ao altar, voltado para o povo, o sacerdote diz, de mãos unidas Oremos, e de mãos estendidas, recita a Oração depois da Comunhão, que pode ser precedida de um momento de silêncio, a não ser que já se tenha guardado silêncio após a Comunhão. No fim da oração o povo aclama: Amém.

Ritos finais

166. Terminada a oração depois da comunhão, façam-se, se necessário, breves comunicações ao povo.

167. Em seguida, o sacerdote, estendendo as mãos, saúda o povo, dizendo: O Senhor esteja convosco, e o povo responde: Ele está no meio de nós. E o sacerdote, unindo novamente as mãos, acrescenta logo, recolhendo a mão esquerda sobre o peito e elevando a mão direita: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, e traçando o sinal da cruz sobre o povo, prossegue: Pai, e Filho, e Espírito Santo. Todos respondem: Amém.

Em certos dias e ocasiões, esta bênção é enriquecida e expressa, conforme as rubricas, pela oração sobre o povo ou outra fórmula mais solene.

O Bispo abençoa o povo com fórmula apropriada, traçando três vezes o sinal da cruz sobre o povo.

168. Logo após a bênção, o sacerdote, de mãos unidas, acrescenta: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe e todos respondem: Graças a Deus.

169. O sacerdote beija o altar, como de costume e, feita a ele com os ministros leigos profunda inclinação, com eles se retira.

170. Se houver depois da Missa alguma ação litúrgica, omitem-se os ritos finais, isto é, a saudação, a bênção e a despedida.

B) MISSA COM DIÁCONO

171. Quando está presente à celebração eucarística, o diácono, revestido das vestes sacras, exerça seu ministério. Assim, o diácono:

a) assiste o sacerdote e caminha a seu lado;
b) ao altar, encarrega-se do cálice e do livro;
c) proclama o Evangelho e, por mandado do sacerdote celebrante, pode fazer a homilia (cf. n. 66);
d) orienta o povo fiel através de oportunas exortações e enuncia as intenções da oração universal;
e) auxilia o sacerdote celebrante na distribuição da Comunhão e purifica e recolhe os vasos sagrados;
f) se não houver outros ministros, exerce as funções deles, conforme a necessidade.

Ritos iniciais

172. Conduzindo o Evangeliário, pouco elevado, o diácono precede o sacerdote que se dirige ao altar; se não, caminha a seu lado.

173. Chegando ao altar, se conduzir o Evangeliário, omitida a reverência, sobe ao altar. E, tendo colocado o Evangeliário com deferência sobre o altar, com o sacerdote venera o altar com um ósculo.

Se, porém, não conduzir o Evangeliário, faz, como de costume, com o sacerdote profunda inclinação ao altar e, com ele, venera-o com um ósculo.

Por fim, se for usado incenso, assiste o sacerdote na colocação do incenso e na incensação da cruz e do altar.

174. Incensado o altar, dirige-se para a sua cadeira com o sacerdote, permanecendo aí ao lado do sacerdote e servindo-o quando necessário.

Liturgia da palavra

175. Enquanto é proferido o Aleluia ou outro canto, o diácono, quando se usa incenso, serve o sacerdote na imposição do incenso. Em seguida, profundamente inclinado diante do sacerdote, pede, em voz baixa a bênção, dizendo: Dá-me a tua bênção. O sacerdote o abençoa, dizendo: O Senhor esteja em teu coração. O diácono faz o sinal da cruz e responde: Amém. Em seguida, feita uma inclinação ao altar, toma o Evangeliário, que louvavelmente se encontra colocado sobre o altar e dirige-se ao ambão, levando o livro um pouco elevado, precedido do turiferário com o turíbulo fumegante e dos ministros com velas acesas. Ali, ele saúda o povo, dizendo de mãos unidas: O Senhor esteja convosco e, em seguida, às palavras Proclamação do Evangelho, traça o sinal da cruz com o polegar sobre o livro e, a seguir, sobre si mesmo, na fronte, sobre a boca e o peito, incensa o livro e proclama o Evangelho. Ao terminar, aclama: Palavra da Salvação, respondendo todos: Glória a vós, Senhor. Em seguida, beija o livro, dizendo em silêncio: Pelas palavras do santo Evangelho, e volta para junto do sacerdote.

Quando o diácono serve ao Bispo, leva-lhe o livro para ser osculado ou ele mesmo o beija, dizendo em silêncio: Pelas palavras do santo Evangelho. Em celebrações mais solenes o Bispo, conforme a oportunidade, abençoa o povo com o Evangeliário.

Por fim, o Evangeliário pode ser levado para a credência ou outro lugar adequado e digno.

176. Não havendo outro leitor preparado, o diácono profere também as outras leituras.

177. Após a introdução do sacerdote, o diácono propõe, normalmente do ambão, as intenções da oração dos féis.

Liturgia eucarística

178. Terminada a oração universal, enquanto o sacerdote permanece em sua cadeira, o diácono prepara o altar com a ajuda do acólito; cabe-lhe ainda cuidar dos vasos sagrados. Assiste o sacerdote na recepção das dádivas do povo. Entrega ao sacerdote a patena com o pão que vai ser consagrado; derrama vinho e um pouco d'água no cálice, dizendo em silêncio: Pelo mistério desta água e, em seguida, apresenta o cálice ao sacerdote. Ele pode fazer esta preparação do cálice também junto à credência. Quando se usa incenso, serve o sacerdote na incensação das oferendas, da cruz e do altar, e depois ele mesmo ou o acólito incensa o sacerdote e o povo.

179. Durante a Oração eucarística, o diácono permanece de pé junto ao sacerdote, mas um pouco atrás, para cuidar do cálice ou do missal, quando necessário.

A partir da epiclese até a apresentação do cálice o diácono normalmente permanece de joelhos. Se houver vários diáconos, um deles na hora da consagração pode colocar incenso no turíbulo e incensar na apresentação da hóstia e do cálice.

180. À doxologia final da Oração eucarística, de pé ao lado do sacerdote, eleva o cálice, enquanto o sacerdote eleva a patena com a hóstia, até que o povo tenha aclamado: Amém.

181. Depois que o sacerdote disse a oração pela paz e: A paz do Senhor esteja sempre convosco, o povo responde: O amor de Cristo nos uniu, o diácono, se for o caso, faz o convite à paz, dizendo, de mãos juntas e voltado para o povo: Meus irmãos e minhas irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus. Ele, por sua vez, recebe a paz do sacerdote e pode oferecê-la aos outros ministros que lhe estiverem mais próximos.

182. Tendo o sacerdote comungado, o diácono recebe a Comunhão sob as duas espécies do próprio sacerdote e, em seguida, ajuda o sacerdote a distribuir a Comunhão ao povo. Sendo a Comunhão ministrada sob as duas espécies, apresenta o cálice aos comungantes e, terminada a distribuição, consome logo com reverência, ao altar, todo o Sangue de Cristo que tiver sobrado, com a ajuda, se for o caso, dos demais diáconos e dos presbíteros.

183. Concluída a distribuição da Comunhão, o diácono volta com o sacerdote ao altar e reúne os fragmentos, se os houver. A seguir, leva o cálice e os outros vasos sagrados para a credência, onde os purifica e compõe como de costume, enquanto o sacerdote regressa à cadeira. Podem-se deixar devidamente cobertos na credência, sobre o corporal, os vasos a purificar e purificá-los imediatamente após a Missa, depois da despedida do povo.

Ritos finais

184. Após a Oração depois da Comunhão, o diácono faz breves comunicações que se fizerem necessárias ao povo, a não ser que o próprio sacerdote prefira fazê-lo.

185. Se for usada a oração sobre o povo ou a fórmula da bênção solene, o diácono diz: Inclinai-vos para receber a bênção. Dada a bênção pelo sacerdote, o diácono despede o povo, dizendo de mãos unidas e voltado para o povo: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.

186. A seguir, junto com o sacerdote, venera com um ósculo o altar e, feita uma inclinação profunda, retira-se como à entrada.

C) FUNÇÕES DO ACÓLITO

187. As funções que o acólito pode exercer são de diversos tipos; alguns deles podem ocorrer simultaneamente. Convém, por isso, que sejam oportunamente distribuídas entre várias pessoas; mas se estiver presente um único acólito, este execute o que for mais importante, distribuindo-se as demais entre outros ministros.

Ritos iniciais

188. Na procissão para o altar, o acólito pode levar a cruz, entre dois ministros que levam velas acesas. Depois de chegar ao altar, depõe a cruz perto do altar, de modo que se torne a cruz do altar; se não, guarda-a em lugar digno. Em seguida, ocupa o seu lugar no presbitério.

189. Durante toda a celebração, cabe ao acólito aproximar-se do sacerdote ou do diácono, para lhes apresentar o livro e ajudá-los em outras coisas necessárias. Convém, portanto, que, na medida do possível, ocupe um lugar do qual possa comodamente cumprir o seu ministério, quer junto à cadeira quer junto ao altar.

Liturgia eucarística

190. Não havendo diácono, depois de concluída a oração universal, enquanto o sacerdote permanece junto à cadeira, o acólito põe sobre o altar o corporal, o purificatório, o cálice, a pala e o missal. A seguir, se for o caso, ajuda o sacerdote a receber os donativos do povo e, oportunamente, leva para o altar o pão e o vinho e os entrega ao sacerdote. Usando-se incenso, apresenta ao sacerdote o turíbulo e o auxilia na incensação das oferendas, da cruz e do altar. Em seguida, incensa o sacerdote e o povo.

191. O acólito legalmente instituído, como ministro extraordinário, pode, se for necessário, ajudar o sacerdote a distribuir a Comunhão ao povo.Se a Comunhão for dada sob as duas espécies, na ausência do diácono, o acólito ministra o cálice aos comungantes, ou segura o cálice, se a comunhão for dada por intinção.

192. Do mesmo modo, o acólito legalmente instituído, terminada a distribuição da Comunhão, ajuda o sacerdote ou o diácono a purificar e arrumar os vasos sagrados. Na falta de diácono, o acólito devidamente instituído leva os vasos sagrados para a credência e ali, como de costume, os purifica, os enxuga e os arruma.

193. Terminada a Missa, o acólito e os demais ministros, junto com o sacerdote e o diácono, voltam processionalmente à sacristia, do mesmo modo e na mesma ordem em que vieram.

D) FUNÇÕES DO LEITOR

Ritos iniciais

194. Na procissão ao altar, faltando o diácono, o leitor, revestido de vestes aprovadas, pode levar o Evangeliário um pouco elevado; neste caso, caminha à frente do sacerdote; do contrário, com os demais ministros.

195. Ao chegar ao altar, faz com os outros profunda inclinação. Se levar o Evangeliário, sobe ao altar e depõe o Evangeliário sobre ele. A seguir, ocupa, com os demais ministros, seu lugar no presbitério.

Liturgia da palavra

196. O acólito profere, do ambão, as leituras que precedem o Evangelho. Não havendo salmista, pode proferir também o salmo responsorial depois da primeira leitura.

197. Na falta de diácono, depois que o sacerdote fez a introdução, pode proferir, do ambão, as intenções da oração universal.

198. Se não houver canto à Entrada e à Comunhão, e os fiéis não recitarem as antífonas propostas no missal, o leitor as pode proferir no momento oportuno (cf. n. 48 e 87).

II. MISSA CONCELEBRADA

199. A concelebração, que manifesta convenientemente a unidade do sacerdócio e do sacrifício, bem como a unidade de todo o povo de Deus, é prescrita pelo próprio rito: na ordenação de Bispo e de Presbíteros, na bênção de Abade e na Missa do Crisma.

Além disso, se recomenda, a não ser que o bem pastoral dos fiéis exija ou aconselhe outra coisa:

a) na Missa vespertina na Ceia do Senhor;
b) na Missa de Concílios, Reuniões de Bispos e de Sínodos;
c) na Missa conventual e na Missa principal nas igrejas e oratórios;
d) nas Missas de reuniões sacerdotais de qualquer tipo, seja de seculares seja de religiosos.

Contudo, a cada sacerdote é permitido celebrar a Eucaristia de forma individual, mas não no mesmo tempo, em que na mesma igreja ou oratório, se realiza uma concelebração. No entanto, na Quinta-feira, na Ceia do Senhor e na Missa da Vigília pascal, não é permitido oferecer o sacrifício de modo individual.

200. Os presbíteros em peregrinação, sejam acolhidos de bom grado para a concelebração eucarística, contanto que seja reconhecida sua condição sacerdotal.

201. Onde houver grande número de sacerdotes, a concelebração pode realizar-se várias vezes no mesmo dia, onde a necessidade ou utilidade pastoral o aconselhar; mas deve ser feita em momentos sucessivos ou em lugares sagrados diversos.

202. Compete ao Bispo, segundo as normas do direito, dirigir a disciplina da concelebração em todas as igrejas e oratórios de sua diocese.

203. Tenha-se em particular apreço a concelebração em que os presbíteros de uma diocese concelebram com o próprio Bispo, na Missa estacional, principalmente nas maiores solenidades do ano litúrgico, na Missa de ordenação de um novo Bispo da diocese ou do seu Coadjutor ou Auxiliar, na Missal do Crisma, na Missa vespertina, na Ceia do Senhor, nas celebrações do Santo Fundador da Igreja local ou Patrono da diocese, nos aniversários do Bispo e por ocasião de um Sínodo ou visita pastoral.

Pelo mesmo motivo, recomenda-se a concelebração todas as vezes que os presbíteros se reúnem com o seu Bispo, por ocasião dos exercícios espirituais ou de algum encontro. Nesses casos se manifesta de forma ainda mais clara a unidade do sacerdócio e da Igreja, que caracteriza cada concelebração.

204. Por motivo especial, quer pela significação do rito, quer pela importância da festa, é permitido celebrar ou concelebrar mais vezes no mesmo dia, nos seguintes casos:

a) se alguém, na Quinta-feira Santa, celebrou ou concelebrou a Missa do Crisma, pode celebrar ou concelebrar a Missa vespertina, na Ceia do Senhor;
b) se alguém celebrou ou concelebrou a Missa da Vigília pascal pode celebrar ou concelebrar a Missa no dia da Páscoa;
c) no Natal do Senhor, todos os sacerdotes podem celebrar ou concelebrar três Missas, contanto que sejam celebradas em suas horas próprias;
d) na Comemoração de todos os fiéis defuntos, todos os sacerdotes podem celebrar ou concelebrar três Missas, contanto que as celebrações se façam em momentos diversos, e observado o que é prescrito a respeito da aplicação da segunda e da terceira Missa;
e) se alguém concelebra com o Bispo ou seu delegado no Sínodo, na visita pastoral ou em reuniões de sacerdotes, pode, para o bem dos fiéis, celebrar outra Missa. O mesmo vale, com as devidas ressalvas, para os encontros de religiosos.

205. A Missa concelebrada, nas suas diversas modalidades, segue as normas previstas (cf. n. 112-198), observando-se, ou mudando-se o que vem exposto a seguir.

206. Ninguém se associe nem seja admitido a concelebrar, depois de já iniciada a Missa.

207. Preparem-se no presbitério:

a) cadeiras e livretes para os sacerdotes concelebrantes;
b) na credência: cálice de tamanho suficiente ou vários cálices.

208. Se não houver diácono suas funções serão desempenhadas por alguns dos concelebrantes.

Se também não houver outros ministros, partes que lhes são próprias podem ser confiadas a outros fiéis capacitados; caso contrário, serão desempenadas por alguns dos concelebrantes.

209. Os concelebrantes vestem na secretaria ou noutro lugar adequado, os paramentos que usam normalmente ao celebrarem a Missa. Se houver motivo justo, como, por exemplo, grande número de concelebrantes e escassez de paramentos, podem os concelebrantes, exceto sempre o celebrante principal, dispensar a casula ou planeta, e usar apenas a estola sobre a alva.

Ritos iniciais

210. Estando tudo preparado, faz-se como de costume a procissão pela igreja até o altar. Os sacerdotes concelebrantes seguem à frente do celebrante principal.

211. Ao chegarem ao altar, os concelebrantes e o celebrante principal, feita profunda inclinação, veneram o altar com um ósculo, e se encaminham para as suas cadeiras. O celebrante principal, se for oportuno, incensa a cruz e o altar e, em seguida, vai até a cadeira.

Liturgia da palavra

212. Durante a liturgia da Palavra, os concelebrantes ocupam os seus lugares e levantam-se com o celebrante principal.

Iniciado o Aleluia, todos se levantam, exceto o Bispo, que coloca incenso, sem nada dizer e dá a bênção ao diácono ou, na sua ausência, ao concelebrante que vai proclamar o Evangelho. Contudo, na concelebração presidida por um presbítero, o concelebrante que, na ausência do diácono proclama o Evangelho, não pede nem recebe a bênção do celebrante principal.

213. A homilia normalmente será feita pelo celebrante principal ou por um dos concelebrantes.

Liturgia eucarística

214. A preparação dos dons (cf. n. 139-146) é feita pelo celebrante principal, enquanto os outros concelebrantes permanecem nos respectivos lugares.

215. Depois que o celebrante principal concluiu a oração sobre as oferendas, os concelebrantes aproximam-se do altar e colocam-se em torno dele, mas de tal forma que não dificultem a realização dos ritos e a visão das cerimônias sagradas por parte dos fiéis, nem impeçam o acesso do diácono ao altar ao exercer a sua função.

O diácono exerce o sua função junto ao altar, ministrando, quando necessário, o cálice e o Missal. Contudo, quanto possível, permanece de pé, um pouco atrás, após os sacerdotes concelebrantes, colocados em torno do celebrante principal.

O modo de proferir a Oração eucarística

216. O Prefácio é cantado ou proclamado somente pelo sacerdote celebrante principal; mas o Santo é cantado ou recitado por todos os concelebrantes junto com o povo e o grupo de cantores.

217. Terminado o Santo, os sacerdotes concelebrantes prosseguem a Oração eucarística na maneira como se determina a seguir. Só o celebrante principal fará os gestos indicados, caso não se determine outra coisa.

218. As partes que são proferidas conjuntamente por todos os concelebrantes e, sobretudo as palavras da consagração, que todos devem expressar, quando forem recitadas, sejam ditas em voz tão baixa de tal modo que se ouça claramente a voz do celebrante principal. Dessa forma as palavras são mais facilmente entendidas pelo povo.

As partes a serem proferidas por todos os concelebrantes juntos, ornadas com notas no missal, são de preferência cantadas.

Oração eucarística I, ou Cânon romano

219. Na Oração eucarística I, ou Cânon romano, o Pai de misericórdia é dito somente pelo celebrante principal, de mãos estendidas.

220. O Lembrai-vos, ó Pai e o Em comunhão convém que sejam confiados a um ou dois sacerdotes concelebrantes, que, cada um, em voz alta e de mãos estendidas, diz sozinho a sua parte.

221. O Recebei, ó Pai, é dito novamente apenas pelo celebrante principal de mãos estendidas.

222. Do Dignai-vos, ó Pai, aceitar até o Nós vos suplicamos, o celebrante principal realiza os gestos, enquanto todos os concelebrantes dizem tudo juntos, da seguinte forma:

a) O Dignai-vos, ó Pai, aceitar, com as mãos estendidas para as oferendas;
b) Na noite e Do mesmo modo, de mãos unidas;
c) as palavras do Senhor, com a mão direita estendida para o pão e o cálice, se parecer oportuno; à apresentação, olham para a hóstia e o cálice e depois se inclinam profundamente;
d) o Celebrando, pois, a memória e o Recebei, ó Pai, esta oferenda, de mãos estendidas;
e) o Nós vos suplicamos, inclinados e de mãos unidas até as palavras recebendo o Corpo e o Sangue e erguem-se fazendo o sinal da cruz às palavras sejamos repletos de todas as graças e bênçãos do céu.

223. O Lembrai-vos, ó Pai e o E a todos nós pecadores convém que sejam confiados a um ou dois sacerdotes concelebrantes, que, cada um, em voz alta e de mãos estendidas, diz sozinho a sua parte.

224. Às palavras E a todos nós pecadores todos os concelebrantes batem no peito.

225. O Por ele não cessais de criar é dito apenas pelo celebrante principal.

Oração eucarística II

226. Na Oração eucarística II, o Na verdade, ó Pai, vós sois santo é proferido apenas pelo celebrante principal, de mãos estendidas.

227. Desde o Santificai pois até o E nós vos suplicamos os concelebrantes proferem tudo juntos, da seguinte forma:

a) o Santificai pois, de mãos estendidas em direção às oferendas;
b) o Estando para ser entregue e Do mesmo modo, de mãos unidas;
c) as palavras do Senhor, com a mão direita estendida para o pão e o cálice, se parecer oportuno; à apresentação, olham para a hóstia e o cálice e depois se inclinam profundamente;
d) o Celebrando, pois, a memória e o E nós vos suplicamos, de mãos estendidas.

228. As intercessões pelos vivos: Lembrai-vos, ó Pai, e pelos falecidos: Lembrai-vos também dos nossos irmãos, convém que sejam confiados a um ou dois sacerdotes concelebrantes, que, cada um, em voz alta e de mãos estendidas, diz sozinho a sua parte.

Oração eucarística III

229. Na Oração eucarística III, o Na verdade, vós sois santo é proferido apenas pelo celebrante principal, de mãos estendidas.

230. Do Por isso, nós vos suplicamos até o Olhai com bondade, todos os concelebrantes proferem tudo juntos, da seguinte maneira:

a) o Por isso, nós vos suplicamos, com as mãos estendidas para as oferendas;
b) o Na noite em que ia ser entregue e o Do mesmo modo, de mãos unidas;
c) as palavras do Senhor, com a mão direita estendida para o pão e o cálice, se parecer oportuno; à apresentação, olham para a hóstia e o cálice e depois se inclinam profundamente;
d) o Celebrando agora e o Olhai com bondade, de mãos estendidas.

231. As intercessões: Que ele faça de nós, o E agora nós vos suplicamos e o Acolhei com bondade, convém que sejam confiados a um ou dois sacerdotes concelebrantes, que, cada um, em voz alta e de mãos estendidas, diz sozinho a sua parte.

Oração eucarística IV

232. Na Oração eucarística IV, Nós proclamamos até levando à plenitude a sua obra é proferido apenas pelo celebrante principal, de mãos estendidas.

233. Do Por isso, nós vos pedimos, até o Olhai com bondade, todos os concelebrantes recitam tudo juntos, da seguinte maneira:

a) o Por isso, nós vos pedimos, de mãos estendidas para as oferendas;
b) o Quando, pois, chegou a hora e o Do mesmo modo, de mãos unidas;
c) as palavras do Senhor, com a mão direita estendida para o pão e o cálice, se parecer oportuno; à apresentação, olham para a hóstia e o cálice e depois se inclinam profundamente;
d) o Celebrando agora e o Olhai com bondade, de mãos estendidas.

234. Intercessões: o E agora, ó Pai, lembrai-vos de todos, o Lembrai-vos também e o E a todos nós, convém que sejam confiados a um mais concelebrantes, que as recita sozinho, em voz alta, de mãos estendidas.

235. Quanto a outras Orações eucarísticas aprovadas pela Sé Apostólica, observem-se a normas estabelecidas para cada uma delas.

236. A doxologia final da Oração eucarística é proferida somente pelo sacerdote celebrante principal e, se se preferir, junto com os demais concelebrantes, não, porém, pelos fiéis.

Rito da Comunhão

237. A seguir, o celebrante principal, de mãos unidas, diz a exortação que precede a Oração do Senhor e, com as mãos estendidas, reza a Oração do Senhor com os demais concelebrantes, também de mãos estendidas e com todo o povo.

238. O Livrai-nos é dito apenas pelo celebrante principal, de mãos estendidas. Todos os concelebrantes dizem com o povo a aclamação final: Vosso é o reino.

239. Depois do convite do diácono ou, na sua ausência, de um dos concelebrantes: Meus irmãos e minhas irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus, todos se cumprimentam. Os que se encontram mais próximos do celebrante principal recebem a sua saudação antes do diácono.

240. Durante o Cordeiro de Deus, os diáconos ou alguns dos concelebrantes podem auxiliar o celebrante principal a partir as hóstias para a Comunhão dos concelebrantes e do povo.

241. Após depositar no cálice a fração da hóstia, só o celebrante principal, de mãos juntas, diz em silêncio a oração Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, ou Senhor Jesus Cristo, o vosso Corpo e o vosso Sangue.

242. Terminada a oração antes da Comunhão, o celebrante principal faz genuflexão e afasta-se um pouco. Um após os outros, os concelebrantes se aproximam do centro do altar, fazendo genuflexão e tomam do altar, com reverência, o Corpo de Cristo; segurando-o com a mão direita e colocando por baixo a esquerda, retornam a seus lugares. Podem, no entanto, permanecer nos respectivos lugares e tomar o Corpo de Cristo da patena que o celebrante principal, ou um ou vários dos concelebrantes seguram, passando diante deles; ou então passam a patena de um a outro até o último.

243. A seguir, o celebrante principal toma a hóstia, consagrada na própria Missa, e, mantendo-a um pouco elevada sobre a patena ou sobre o cálice, voltado para o povo, diz: Felizes os convidados, e continua com os concelebrantes e o povo, dizendo: Senhor, eu não sou digno.

244. Em seguida, o celebrante principal, voltado para o altar, diz em silêncio: Que o Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna, e comunga com reverência o Corpo de Cristo. Os concelebrantes fazem o mesmo, tomando a Comunhão. Depois deles, o diácono recebe das mãos do celebrante principal o Corpo do Senhor.

245. O Sangue do Senhor pode ser tomado diretamente do cálice, ou por intinção, ou ainda com uma cânula ou uma colher.

246. Quando a Comunhão é feita diretamente do cálice, pode-se usar um dos seguintes modos:

a) O celebrante principal, de pé ao meio do altar, toma o cálice e diz em silêncio: Que o Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna, bebe um pouco do Sangue e entrega o cálice ao diácono ou a um concelebrante. A seguir, distribui a Comunhão aos fiéis (cf. n. 160-162).

Os concelebrantes aproximam-se do altar, um a um, ou dois a dois quando se usam dois cálices, fazem genuflexão, tomam do Sangue, enxugam a borda do cálice e voltam para a respectiva cadeira.

b) O celebrante principal, de pé, no centro do altar, toma normalmente o Sangue do Senhor.

Os concelebrantes podem tomar o Sangue do Senhor nos seus respectivos lugares, bebendo do cálice que o diácono, ou um dos concelebrantes lhes apresenta; ou também passando sucessivamente o cálice uns aos outros. O cálice é sempre enxugado, seja por aquele que bebe, seja por aquele que apresenta o cálice. Cada um, depois de ter comungado, volta à sua cadeira.

247. O diácono, junto ao altar, consome, com reverência, todo o Sangue que restar, ajudado, se for preciso, por alguns dos concelebrantes; leva-o, em seguida, à credência, onde ele mesmo ou um acólito legitimamente instituído, como de costume, o purifica, enxuga e compõe (cf. n. 183).

248. A Comunhão dos concelebrantes pode também realizar-se de modo que um depois do outro comunguem, no altar, do Corpo e, logo em seguida, do Sangue de Cristo.

Neste caso, o celebrante principal toma a Comunhão sob as duas espécies, como de costume (cf. n. 158), observando-se o rito escolhido, em cada caso, para a Comunhão do cálice, que os demais concelebrantes hão de seguir.

Assim, terminada a Comunhão do celebrante principal, coloca-se o cálice num lado do altar, sobre outro corporal. Um depois do outro, os concelebrantes aproximam-se do centro do altar, fazem genuflexão e comungam o Corpo do Senhor; passam em seguida para o lado do altar e tomam o Sangue do Senhor, conforme o rito escolhido para a Comunhão do cálice, como se disse acima.

A Comunhão do diácono e a purificação do cálice se realizam também como foi descrito acima.

249. Se a Comunhão dos concelebrantes se faz por intinção, o celebrante principal comunga como de costume, o Corpo e o Sangue do Senhor, cuidando que fique ainda bastante do precioso Sangue para a Comunhão dos concelebrantes. A seguir, o diácono, ou um dos concelebrantes, dispõe o cálice, de modo conveniente, no meio do altar ou num dos lados sobre outro corporal, junto com a patena com as partículas.

Os concelebrantes, um depois do outro, aproximam-se do altar, fazem genuflexão, tomam a partícula, mergulham-na parcialmente no cálice e, com a patena sob a boca, tomam a partícula embebida e voltam aos seus lugares como no início da Missa.

O diácono também comunga por intinção, respondendo Amém ao concelebrante que lhe diz: O Corpo e o Sangue de Cristo.

O diácono, junto ao altar, consome, com reverência, todo o Sangue que restar, ajudado, se for preciso, por alguns dos concelebrantes; leva-o, em seguida, à credência, onde ele mesmo ou um acólito legitimamente instituído, como de costume, o purifica, enxuga e compõe.

Ritos finais

250. O celebrante principal procede ao mais como de costume até o final da Missa (cf. n. 166-168), permanecendo os concelebrantes em suas cadeiras.

251. Os Concelebrantes, antes de se afastarem do altar, fazem-lhe uma profunda inclinação. O celebrante principal, com o diácono, porém, como de costume, beija o altar em sinal de veneração.

III. MISSA COM ASSISTÊNCIA DE UM SÓ MINISTRO

252. Na Missa celebrada por um sacerdote, ao qual assiste e responde um só ministro, observa-se o rito da Missa com povo (cf. n. 120-169), proferindo o ministro, quando for o caso, as partes do povo.

253. Se o ministro for diácono, ele exerce as funções que lhe são próprias (cf. n. 171-186), e desempenha outrossim, as outras partes do povo.

254. A celebração sem ministro ou ao menos de um fiel, não se faça a não ser por causa justa e razoável. Neste caso, omitem-se as saudações, as exortações e a bênção no final da Missa.

255. Os vasos sagrados necessários são preparados antes da Missa, seja na credência perto do altar, seja sobre o altar, do lado direito.

Ritos iniciais

256. O sacerdote, aproxima-se do altar e, feita profunda inclinação, o venera pelo ósculo e ocupa seu lugar na cadeira. Se preferir, o sacerdote pode permanecer ao altar; neste caso, prepara-se aí também o missal. Em seguida, o ministro ou o sacerdote diz a antífona da entrada.

257. A seguir, o sacerdote com o ministro, de pé, faz o sinal da cruz, dizendo: Em nome do Pai; voltado para o ministro, saúda-o com uma das fórmulas propostas.

258. Em seguida, realiza-se o ato penitencial e, conforme as rubricas, se dizem o Senhor e o Glória.

259. A seguir, de mãos unidas, diz Oremos e, fazendo uma pausa conveniente, profere a oração do dia, com as mãos estendidas. Ao terminar, o ministro aclama: Amém.

Liturgia da palavra

260. As leituras, na medida do possível, são proferidas do ambão ou da estante.

261. Depois da oração do dia, o ministro lê a primeira leitura e o salmo e, quando prescrita, a segunda leitura e o versículo do Aleluia ou outro canto.

262. Depois, inclinado, o sacerdote diz: Ó Deus todo-poderoso, purificai-me, e, em seguida, lê o Evangelho. Ao terminar diz: Palavra da Salvação, e o ministro responde: Glória a vós, Senhor. Em seguida, o sacerdote venera o livro, beijando-o e dizendo em silêncio: Pelas palavras do santo Evangelho.

263. A seguir, o sacerdote recita com o ministro o símbolo, de acordo com as rubricas.

264. Segue-se a oração universal, que também pode ser dita nesta Missa. O sacerdote introduz e conclui a oração, ao passo que o ministro profere as intenções.

Liturgia eucarística

265. Na liturgia eucarística tudo é feito como na Missa com povo, exceto o que se segue.

266. Feita a aclamação no final do embolismo, que segue a Oração do Senhor, o sacerdote diz a oração Senhor Jesus Cristo, dissestes; em seguida, acrescenta: A paz do Senhor esteja sempre convosco, a que o ministro responde: O amor de Cristo nos uniu. Se for oportuno, o sacerdote saúda o ministro.

267. A seguir, enquanto diz com o ministro o Cordeiro de Deus, o sacerdote parte a hóstia sobre a patena. Terminado o Cordeiro de Deus, depõe no cálice a fração da hóstia, dizendo em silêncio: Esta união.

268. Em seguida, o sacerdote diz em silêncio a oração Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo ou Senhor Jesus Cristo, o vosso Corpo; depois, faz genuflexão, toma a hóstia e, se o ministro comungar, diz, voltado para ele e segurando a hóstia um pouco elevada sobre o cálice: Felizes os convidados e diz com ele uma só vez: Senhor, eu não sou digno. Em seguida, voltado para o altar, comunga o Corpo de Cristo. Se o ministro não receber a Comunhão, o sacerdote, tendo feito a genuflexão, toma a hóstia e, voltado para o altar, diz uma vez em silêncio: Senhor, eu não sou digno e O Corpo de Cristo me guarde e comunga o Corpo de Cristo. Depois toma o cálice e diz em silêncio: O Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna, e toma o Sangue.

269. Antes de ser dada a Comunhão ao ministro, é dita a antífona da Comunhão pelo ministro ou pelo próprio sacerdote.

270. O sacerdote purifica o cálice na credência ou ao altar ou. Se o cálice for purificado no altar, pode ser levado para a credência pelo ministro ou ser colocado a um lado, sobre o altar.

271. Após a purificação do cálice, convém que o sacerdote observe algum tempo de silêncio; a seguir, diz a Oração depois da Comunhão.

Ritos finais

272. Os ritos finais são realizados como na Missa com povo, omitindo-se, porém, o Ide em paz. O sacerdote, como de costume, venera o altar com um beijo e, feita inclinação profunda, retira-se com o ministro.